5 de junho de 2014

Menino sequestrado em Ilhota é encontrado pela polícia em Penha



Um dos crimes de maior repercussão na história de Ilhota e com forte repercussão em Penha e até mesmo em Barra Velha foi desbaratado ontem pela polícia. O sequestro do menino Angelo Antônio, de nove anos. Foram cinco dias de angústia da família Oliveira até que, por telefone, a polícia deu a notícia que todos esperavam. Angelo Antônio havia sido resgatado sem ferimentos do cativeiro – uma casa alugada, no Morro do Ouro, em Penha.
O menino foi entregue à família pela polícia por volta das 13h e recebido com festa em sua residência, no centro de Ilhota. Uma corrente de oração em volta da família também foi realizada.

Ainda muito emocionado, o pai da criança, o empresário Jean de Oliveira, agradeceu o esforço dos policiais envolvidos no caso. O avô da criança, Érico de Oliveira, também relembrou a angústia vivida pela família. Sempre quando entravam em contato com os Oliveira, os sequestradores eram ameaçadores. Eles só queriam dinheiro.
O cativeiro onde Angelo foi mantido refém foi estourado por policiais civis de Gaspar e Ilhota, além de policiais da Divisão de Roubo e Antissequestro da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DECI) por volta do meio-dia.

A casa era de dois pavimentos e, ao entrar na residência, os policiais encontraram dois dos sequestradores. Eles estavam no primeiro andar da casa e armados com revólver calibre 38. Os suspeitos – um homem e uma mulher não identificados, reagiram à ação policial. Houve troca de tiros e os dois acabaram mortos.
A criança estava no pavimento superior, trancado em um dos quartos da casa, segundo informou o delegado responsável pela Divisão de Roubo e Antissequestro da Deic, Anselmo Cruz.

Antes de estourar o cativeiro e resgatar a criança, os policiais conseguiram prender, em Brusque, um dos “cabeças” do sequestro. Peterson da Silva Machado, de 36 anos, foi preso de manhã, quando iria comprar um veículo para utilizar na fuga. Ele foi levado até a cidade de Penha e lá indicou à polícia o local do cativeiro.

O suspeito, segundo informações, confessou o crime. Peterson é bandido de alta periculosidade. Ele estava foragido do sistema prisional e contra ele havia quatro mandados de prisão em aberto, pelo crime de roubo.

Em entrevista ao Jornal Metas, de Ilhota, Peterson disse que planejou o assalto para ganhar dinheiro. O sequestrador afirmou que investigou a rotina da família por cerca de 10 dias. O alvo foi escolhido pela rede social.

A prisão e morte dos sequestradores foi encarada com surpresa pelo proprietário do imóvel alugado para os criminosos. Paulo Cesar Evaristo, de Penha, falou com exclusividade à Radio Aquarela FM, dizendo que no início, não suspeitou de absolutamente nada de irregular com o casal que transformou o local em cativeiro de Angelo Antônio.

Peterson confessou a participação em vários assaltos mas disse que esta foi a primeira vez que participou de um sequestro. No mesmo dia, os policiais prenderam Rosicleide Rodrigues, de 32 anos. Ela era namorada de Peterson e ajudou o sequestrador com o plano.

Em coletiva cedida após o resgate da criança, os delegados da Comarca de Gaspar, Paulo Koerich e Egidio Maciel Ferrari, juntamente com o delegado Cruz explicaram como foi a investigação que resultou em final feliz para a família Oliveira.

Mais de 30 pessoas foram ouvidas e muitas imagens analisadas Pelo menos 20 policiais estiveram envolvidos na investigação. Segundo o delegado da Deic, após elaborar o plano, o casal abandonou a residência em Indaial e foi residir em Barra Velha. Paralelamente, alugaram a casa que serviu de cativeiro na cidade de Penha.

Angelo foi sequestrado na noite de quinta-feira, dia 29 de maio, quando andava de patinete. Angelo foi diretamente levado para o cativeiro. Lá, ele foi colocado no quarto, onde passava o tempo assistindo televisão. Como refeição, ele só recebia arroz e feijão. Eles não agrediram a criança.

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